Parque Estadual do Rio Doce bate recorde histórico de visitação

Com mais de 35 mil visitantes até setembro, o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) alcançou um marco inédito em sua história, registrando o maior número de visitas em uma única temporada. A expectativa é que até dezembro esse número ultrapasse 40 mil pessoas, consolidando o PERD como um dos destinos mais procurados para o ecoturismo e a educação ambiental em Minas Gerais. O recorde anterior havia sido registrado em 2000, com 32 mil visitantes. Mantido o ritmo atual, em 2026 o parque pode chegar à marca de 50 mil visitantes.

De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o feito é resultado de uma gestão que alia conservação da biodiversidade, envolvimento comunitário e fortalecimento da infraestrutura turística. Com 35,7 mil hectares, o PERD é a maior área contínua de floresta tropical preservada de Minas, abriga mais de 1,6 mil espécies de plantas, centenas de aves, mamíferos ameaçados e ainda os maiores lagos naturais do estado.

Nos últimos anos, o parque ampliou seus atrativos com restaurante, passeios de barco, observação do pôr do sol, safáris noturnos e atividades monitoradas, proporcionando experiências que unem lazer, contato direto com a natureza e sensibilização ambiental.

Para o gerente da unidade, Vinícius Moreira, o crescimento reforça que turismo e conservação podem caminhar juntos. “O turismo é ferramenta essencial para a preservação da biodiversidade. Ao receber visitantes, o parque fortalece a educação ambiental e forma cidadãos comprometidos com a Mata Atlântica. É possível gerar empregos e renda para as comunidades, sempre com mínimo impacto à natureza”, destacou.

Olhar para o futuro
O PERD segue em expansão no turismo ecológico nacional, com previsão de novas parcerias, diversificação de serviços, ampliação de programas de educação ambiental e experiências práticas dentro da floresta. Criado em 1944, o parque foi a primeira unidade de conservação de Minas e continua sendo referência na proteção de espécies ameaçadas como o jaguarundi, a onça-parda e várias aves endêmicas. Seus 40 lagos naturais, entre eles o Lago Dom Helvécio, são destaque pela beleza e singularidade ecológica.

Para Vinícius, cada visitante é peça-chave nesse processo. “O Parque Estadual do Rio Doce é uma joia rara. Queremos que cada pessoa que entra aqui saia com a consciência de que preservar é essencial. Nosso desafio é transformar o PERD em referência nacional de ecoturismo e educação ambiental”, reforçou.

Conservação com participação comunitária
A aproximação com a comunidade local também tem sido essencial para esse crescimento. Projetos de voluntariado, capacitação de guias e parcerias com escolas e universidades fortalecem o vínculo entre sociedade e natureza, promovendo desenvolvimento sustentável em toda a região.

Com a soma de esforços em conservação, turismo e integração comunitária, o Parque Estadual do Rio Doce se consolida como um verdadeiro exemplo de que preservar é também cuidar do futuro – garantindo que a floresta continue sendo refúgio de biodiversidade, fonte de aprendizado e encantamento para as próximas gerações.

Com informações de Caroline Mércia (Ascom/IEF)