Há noites em que Minas parece suspender o tempo, como se o relógio aceitasse, humilde, que certos acontecimentos merecem durar um pouco mais. A noite de 18 de novembro foi assim. No salão iluminado no Palácio das Artes pelo brilho da boa mesa e pela vaidade discreta dos mineiros — essa que não se exibe, apenas se revela — a IGR CTMAM chegou ao Prêmio Cumbuca como quem traz na bagagem um pedaço inteiro de território: seus cheiros, seus sotaques, suas histórias.
Vieram representando essa travessia coletiva a vice-prefeita de Rio Piracicaba, Aparecida Araújo; o presidente do Comtur e delegado regional, Wagner Braga; o conselheiro Aloísio Crepalde; a representante regional de Cultura Estadual, Sheila Malta; e o secretário de Turismo de Jaguaraçu, Luiz Carlos Francisco. Não eram apenas autoridades: eram personagens de uma narrativa que a região tem escrito com constância, suor e um certo orgulho manso — aquele que só Minas entende.
Durante a cerimônia, foram anunciados os vencedores nas 53 categorias do Prêmio, definidos a partir de uma intensa pesquisa gastronômica, além da participação dos 30 jurados, mais o somatório da votação popular feita pela internet.

Entre as novidades, o anúncio dos vencedores em categorias como melhor bom e barato, restaurante no interior, feijoada, cerveja gelada, produtor de cachaça artesanal e sustentabilidade, entre outros.
A presença da CTMAM ali, diante do “Oscar da Gastronomia Mineira”, não era mero protocolo. Era afirmação. Era a lembrança de que, no encontro entre panela e território, há cultura viva borbulhando, há identidade sendo servida em porções generosas, há turismo que se fortalece pelo sabor antes mesmo do cenário.
O reconhecimento conquistado no Prêmio Cumbuca não caiu do céu nem da cozinha de improviso. Ele veio do trabalho conjunto dos municípios, da persistência em preservar tradições e da capacidade de reinventá-las, quando necessário, para caber no futuro. Veio do entendimento de que criatividade e memória são irmãs, e ambas moram ali, entre uma receita antiga e a vontade de fazer diferente.
No fim da noite, quando as luzes começaram a amansar, ficou a impressão de que a CTMAM deu mais um passo firme no caminho que escolheu trilhar: o de se afirmar como território de cultura, história e, sobretudo, gastronomia — essa que nos devolve à terra, às origens e aos sabores que não se esquecem.
O evento contou com a presença de autoridades e representantes de órgãos públicos e entidades do setor, como Sebrae, Senac, Sistema Fecomécio, Belotur, Abrasel, Empresa Mineira de Comunicação, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Governo de Minas, Prefeituras de Belo Horizonte, entre outras.
Parabéns aos gestores, parceiros e sonhadores que cozinham, diariamente, o avanço da região. Minas agradece — e a CTMAM segue, sem pressa, mas com convicção, rumo ao que ainda pode ser.






