O aeroporto Regional do Vale do Aço, em Santana do Paraíso, conta atualmente com até uma média de 3, 4 voos diários para BH (Foto: Marcelo Luciano)
Em anúncio oficial realizado na última sexta-feira, 8, a Azul Linhas Aéreas confirmou que vai deixar durante este semestre o processo de reestruturação financeira iniciado em maio deste ano, nos EUA. A empresa, que atua sob proteção da recuperação judicial (conhecido como Chapter 11), está concluindo um período de ajustes que “vai implicar em uma operação mais enxuta mais eficiente e financeiramente equilibrada.”
Segundo a Azul, 13 cidades e 53 rotas hoje consideradas não lucrativas serão encerradas. O informe da empresa, não especificou quais os municípios e trechos serão afetados. A empresa informou apenas que o plano é concentrar a operação em seus principais hubs — Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, para depender menos das conexões. No Leste de Minas, a Azul opera atualmente para o Vale do Aço, Governador Valadares e Manhuaçu, este último através do sistema “Azul Conecta”, que usa aviões de pequeno porte.
Com a otimização da frota, cortes estratégicos de custos e reforço nas rotas mais rentáveis, a previsão da Azul é de ter um fluxo de caixa positivo já no primeiro ano pós-reorganização, com redução de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e injeção de até US$ 300 milhões em novos investimentos. A Azul salientou que o estado de Minas será beneficiado diretamente, com voos estratégicos que ligam o estado não apenas a São Paulo e Rio de Janeiro, mas também a todos os destinos operados pela empresa no Brasil e no exterior, ampliando o alcance e a competitividade da economia mineira.