As obras de recuperação da histórica Ponte Queimada, localizada no município de Marliéria, foram oficialmente retomadas após a celebração de um acordo judicial entre a Prefeitura e o Ministério Público de Minas Gerais. O entendimento, homologado pela 2ª Vara Cível da Comarca de Timóteo, encerra um impasse que paralisava os trabalhos e devolve à região a perspectiva de requalificar um dos acessos mais simbólicos ao Parque Estadual do Rio Doce (Perd), importante polo de ecoturismo e patrimônio ambiental do Estado.
O Termo de Composição Judicial firmado entre as partes equilibra dois interesses fundamentais: o avanço da infraestrutura e a preservação ambiental. Segundo o prefeito Hamilton Lima, o município manterá a Ponte Queimada e a estrada do Salão Dourado interditadas ao trânsito comum até que o IEF (Instituto Estadual de Florestas) conclua a instalação dos postos de controle e fiscalização. Até lá, caberá à Prefeitura adotar barreiras físicas, sinalização e vigilância diárias, sob pena de multas e sanções previstas no acordo.
A Ação Civil Pública que originou o processo foi movida diante do risco de reabertura desordenada da estrada que corta o Perd, o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica em Minas Gerais. A reabilitação da ponte, danificada por atos criminosos, é considerada essencial para o desenvolvimento sustentável do turismo regional — uma medida que, além de recuperar uma estrutura histórica, reforça o compromisso de Marliéria com um modelo de crescimento em harmonia com a natureza.
Fotos: Nilmar Lage (1) & Rodrigo Zeferino (2)
