Edição de dezembro de 2021 aponta que estado cresce mais que a média nacional e avança na geração de empregos ligadas a cadeia turística
Dados da edição de dezembro de 2021 do relatório “Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19”, produzido pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), apontam avanço do setor no estado. A publicação é uma das iniciativas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) para monitorar e acompanhar os rumos da cadeia do turismo no estado em função da crise causada pela pandemia do coronavírus.
Conforme o relatório, desde o lançamento do programa Reviva Turismo, em maio, mais de 27 mil novos empregos diretos no setor foram gerados até novembro de 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado de novembro para o saldo de empregados no Turismo formal de Minas Gerais é o maior visto ao longo de todo o ano de 2021. Foram criados 5.969 postos de trabalho em novembro, em relação a outubro.
Para 2022, o relatório também aponta a intenção do brasileiro em viajar. Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva mostra que 65% dos entrevistados estão otimistas com o rumo que suas vidas devem seguir neste ano e viajar é o segundo desejo de consumo mais citado. Ao todo, 93% dos brasileiros afirmaram que é provável ou muito provável fazerem uma viagem nacional nos próximos 12 meses.
O novo relatório divulgado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG) registra que, em novembro de 2021, mais de 2,6 milhões de viajantes circularam pelo estado. Segundo dados da última Pesquisa de Demanda realizada pelo Estado, em 2016, visto que ainda não há uma medição mais atualizada deste viés até então, a média de gasto de um turista em Minas Gerais é de cerca de R$ 105 por dia. A média de permanência do viajante no estado é de aproximadamente 6 dias, o que dá o valor R$ 630 por turista. Ao multiplicarmos 2,6 milhões de pessoas por R$ 630, chegamos ao montante de R$ 1,64 bilhão injetados na economia. Levando em conta o total do fluxo de turistas desde o lançamento do Reviva Turismo (13,7 milhões), o resultado de recursos chega a R$ 8,63 bilhões.
Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, uma das metas do programa Reviva Turismo é criar 100 mil empregos até o fim de 2022 e os dados do Observatório do Turismo apontam que o trabalho está no caminho feito, já atingindo 27% em sete meses.
“Neste ano lançaremos o Ano da Mineiridade, fundindo os programas Reviva Turismo e Descentra Cultura, criando novas políticas públicas para impulsionar ambos os setores e celebrar nosso jeito de ser, receber, falar, de cuidar das pessoas. Além disso, também vamos trabalhar a Via Liberdade, que será uma nova rota turística e cultural, conectando Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e a capital do país, Brasília, no Distrito Federal”, explicou Leônidas.
A subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Milena Pedrosa, ressalta que os números são resultados de ações estratégicas diversas no setor, como, por exemplo, o edital inédito no país, do Reviva Turismo, destinado a execução de ações de apoio à comercialização e promoção de destinos e produtos turísticos mineiros, que pagou cerca de R$ 3 milhões para os projetos contemplados no fim de 2021.
“Por meio dessas ações, conseguimos fomentar o Turismo em três etapas, sendo o Minas para Minas, Minas para o Brasil e agora o Minas para o Mundo, atraindo mais investimentos, projetos, turistas e, consequentemente, mais desenvolvimento para o estado e geração de emprego e renda para a população”, pontuou Milena.
Crescimento acima da média
O relatório do OTMG também indica que Minas Gerais cresceu quase o dobro acima da média nacional no Turismo. Dados do Índice de Atividades Turísticas mostram que, enquanto o volume brasileiro cresceu 1% entre setembro e outubro de 2021, o estado mineiro foi de 1,8%.
Além disso, a variação de receitas geradas pela atividade turística, considerando os ajustes sazonais, subiu 5,1% em Minas, enquanto a média nacional foi de 3,4% entre setembro e outubro.
Outro indicador positivo foi a taxa de ocupação hoteleira. Em Belo Horizonte, o índice foi de 56,9% em novembro, um crescimento de 2.5 pontos percentuais em relação a outubro e maior dos últimos dois anos.
O OTMG também destacou dados do fluxo de passageiros e aeronaves em novembro em Minas Gerais. O número foi o maior desde o início da pandemia, em março de 2020. Somando a movimentação de todos os aeroportos no estado, foram 7.813 pousos e decolagens ao total no mês. O número significa um crescimento de 1,4% em relação a outubro e de 40,5% em relação a novembro de 2020. Já o fluxo de passageiros foi de 807.634 pessoas, o que corresponde a um aumento de 2,06% em relação a outubro e 42% em relação a novembro de 2020.
Observatório do Turismo de Minas Gerais
O Observatório do Turismo de Minas Gerais é uma instância de pesquisa regulamentada pela Lei nº 22.765, de 20/12/2017, e pelo Decreto nº 47.526, de 06/11/2018, que tem como objetivo o monitoramento em rede da atividade turística no estado, o incentivo à inovação, à inteligência de mercado e o fomento à pesquisa acadêmica em turismo. Sua coordenação fica a cargo da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).
Pelo Observatório já foram publicados diversos estudos, pesquisas, boletins e artigos acadêmicos e outros conteúdos. Além dos relatórios “Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais pós Covid-19”, também está disponível a série de documentos orientadores boletins, material elaborado pela Secult também com o objetivo de contribuir para o enfrentamento da crise pela cadeia turística, levando em consideração os cenários antes, durante e após a pandemia.
Fonte: Secult/MG